Vamos falar de feminismo?
Feminismo, ao contrário do que muitos pensam, não é odiar os
homens, ou acreditar na superioridade feminina, e sim, a luta pela igualdade de
direitos entre gêneros.
As mulheres lutaram por muitos anos pelo direito ao voto,
direito de trabalhar, estudar e serem donas dos seus destinos, mas não se iluda
essa igualdade não foi atingida ainda.
Nós temos o direito ao voto, podemos trabalhar e planejar
nossas vidas, mas ainda somos discriminadas pela sociedade. Sim, como prova
pode apresentar as frases ridiculamente machistas que nos cercam o tempo todo,
a desigualdade no salário, e o assédio que sofremos todos os dias.
Eu sou usuária do transporte coletivo e só essa semana fui
vítima de assédio duas vezes enquanto ia para a universidade. Uma, a mais leve,
um homem que estava atrás de mim ficou se esfregando, como o ônibus estava
cheio eu não podia me defender. Já a outra, muito mais pesada devo avisar, outro
homem colocou a mão embaixo do meu vestido e me tocou. Infelizmente, seres
repugnantes como esses dois homens existem aos montes por aí e todos os dias
milhares de mulheres sofrem esse tipo de assédio.
Já falei aqui no blog a minha opinião sobre as cantadas,
elas são uma forma de violência. Mas tocar uma mulher ou se esfregar nela sem a
autorização é ainda muito pior.
E com esse ponto, interligo outro: as mulheres que sofrem
intimidação, ou até (não se espantem, mas é a mais cruel verdade) estupro por
vestirem roupa curta ou decotada.
Uma mulher é dona do seu corpo e nele ela veste o que
quiser, ela só não pode andar completamente nua por que é atentado ao pudor,
mas caso contrário não se deve violentar ou discriminar uma mulher pelo tamanho
da sua roupa. Usar um short curto NÃO FAZ DE MIM UMA PUTA!
O que me revolta também, é saber que há uma ideia de
legalização da prostituição, o que reforça a ideia de vulgarização,
comercialização e imagem da mulher apenas como objeto de prazer para o homem, e
isso acaba levando a todos os pontos que eu já mostrei.
Nós mulheres somos fortes e merecemos respeito, sim. Somos
donas dos nossos corpos para fazer o eu quisermos. Tenho que ter o direito de
comandar o meu corpo. O que visto o que bebo, se eu quero ou não levar uma
gravidez a diante é um direito meu.
Sim, sou a favor do aborto. E, não, não quer dizer que
pretendo fazer. Há muitas formas de prevenir uma gravidez. Mas se uma mulher
resolver por abortar é uma questão que cabe somente a ela, já que a criança
estará sendo gerada no corpo dela.
Por fim, espero que um dia acabe a prostituição, o machismo
e o assédio e violência sexual contra as mulheres. É um pensamento utópico?
Talvez... Mas o mundo e a sociedade que eu sonho para o dia em que eu tiver uma
filha, é muito melhor e igualitário.